quarta-feira, 8 de junho de 2011

Exercício 3 - Vila Integradora.

Pendências: o que ficou.


Maior detalhamento do sistema:













Introdução: Vila.

A proposta desse novo exercício visa aplicar o "sistema habitar"no contexto urbano, na tipologia de vila.
De acordo com o Artigo 1º da Lei Municipal de Vilas da cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, vila é: 

"O conjunto residencial horizontal do tipo Vila, é aquele constituído por unidades habitacionais isoladas, agrupadas, geminadas ou superpostas, em condomínio, sendo permitido nas zonas de uso que admitam o uso residencial multifamiliar."

Essa lei também define algumas disposições; dentre todas algumas como:

"- Previsão de, no mínimo, uma vaga de veículos por unidade habitacional";

"Cada unidade habitacional superposta deverá ter no máximo 7,00m (sete metros) de altura, medidas a partir do piso do pavimento térreo ao teto do último pavimento, não levando em consideração o subsolo quando destinado a garagem";

"As edificações do conjunto deverão respeitar os recuos exigidos pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo para o local ou de acordo com as exigências às restrições convencionais do loteamento";

"No projeto do conjunto poderão ser previstas áreas comuns destinadas a serviços de uso coletivo e lazer, que quando cobertas serão computadas para efeito do cálculo de coeficiente de aproveitamento e de taxa de ocupação;"

"Artigo 4º - O conjunto residencial horizontal do tipo Vila, destina-se unicamente a implantação de unidades habitacionais, podendo ser implantada atividades de uso comercial de âmbito local e prestadoras de serviços, desde que tenham frente para a via pública oficial, respeitando as leis municipais de zoneamento e do loteamento."


Essa Lei, serviu para nos nortear no trabalho de implantação dessa vila no município de Uberlândia- MG, mais precisamente no Bairro Nossa Aparecida no cruzamento das suas São Salvador e Natal com a Av. Afonso Pena.


Fonte: Google Maps.
Fonte: Google Earth

Estudos Preliminares

Buscando referências sobre essa tipologia, encontri alguns projetos que me ajudaram a buscar a peculiaridade que uma vila deve ter. 
Uma vila, que abriga dezenas de pessoas, deve saber comportar e abrigar muito bem aqueles que alí moram. É importante que este indivíduo saiba se apropriar do espaço sabendo respeitar o que é de interesse coletivo, criando harmonia entre o público e o privado.

Algumas referências que busquei são projetos que trabalharam diversos focos em uma vila, desde o projeto habitacional propriamente dito, priorizando a apropriação do morador ao espaço, até a implantação e áreas coletivas.









Casas sociais SAAL, Bouça II, Porto. Álvaro Siza.






Processo

Partindo de estudos volumétricos dos projetos do "sistema habitar"com uma pobre maquete de isopor, fiz alguns estudos e experimentações de incidência solar, luz e sombra e ventilação predominante. A movimentação de feita com o intuito de abrigar o estacionamento no subsolo somente. Nenhuma alteração foi realizada para a implantação das habitações propriamente dita; isso porque esse tipo de estudo e trabalho pra sair de forma bem feita requereria muitos estudos e levantamentos, coisa que ainda não tive tempo de fazer.



Pois bem, dos estudos com a maquete pude observar que:












Observando a implantação com referência ao norte, pude 
notar que se houvesse certa inclinação no eixo das habitações, conseguiria fazer com que as fachadas aonde os dormitórios estão localizados, ficassem voltados a leste, aproveitando assim a incidência solar mais benéfica.

Sobrepus duas tipologias habitacionais diferentes na tentativa de mesclar o programa e gerar maior integração entre os moradores.
Lembrando que em AZUL encontra-se a tipologia de cohabitação; em VERMELHO a família nuclear e em AMARELO os DINC. Dessas habitações estabelecidas, 20% ou seja, 5 habitações, são obrigatoriamente destinada a portadores de necessidades especiais, tais como cadeirantes e idosos. Portanto das habitações em AMARELO, adaptei 5 delas a esse quesito necessário.






Aprofundando um pouco mais essa possível implantação:



Nesse estudo, pude começar a pensar nos acessos aos níveis superiores, e nos espaço íntimo da qual cada habitação usufruiria.  Dessa forma pude ter mais segurança em propor soluções íntimas aos moradores e públicas ao contexto da vila.
As cores definem a demarcação de cada tipologia sobreposta uma a outra. Como uma planta derivou da outra, os pilares encontram-se locados nos mesmos pontos estruturais portanto, para que essa sobreposição aconteça, será necessário o reforço dos mesmos. 
A escada (a ser detalhada para a entrega final), será de estrutura metálica independente da habitação, definindo um modelo pré fabricado que mantém um diálogo com o sistema construtivo.


ANTE-ANTE PREJETO. (mesmo!)

Pensando por partes, preferi não por em risco a circulação de pedestres e nem a área de convívio e playground proposto, portanto utilizei do subsolo para resolver o estacionamento.



O espaço, que não equivale a área total do terreno, pode abrigar as 25 vagas, sendo 5 para portadores de necessidades especiais, além de também ser equipado com vagas para bicicletas, sala de jogos, área social (confraternização) e sendo acessível por uma rampa de 40m x 1,8m com 6% de inclinação o que também a torna acessível. 
As vagas convencionais têm 2,5m x 5m e as adaptadas com 3,5m x 5,5m.
As vias têm largura de 3m até a metade do trecho, e na área das vagas, com 4m.

O estacionamento no subsolo, tem lados positivos e negativos. Apesar do maior custo na execução (trabalhabilidade), é recompensado por manter os veículos afastados da circulação maciça de pedestres e principalmente de pedestres mais expostos, como crianças, idosos e deficientes. Também o subsolo comporta melhor os ruídos produzidos pelos veículos e, ocasionalmente, vindo de festas acontecidas na área proposta.
O acesso pela rua Natal foi consequente ao modelo pensando para o estacionamento (limitações do terreno) e também por se tratar de uma rua mais tranquila e menos movimentada.

O acesso ao estacionamento se dá através de rampas. A rampa de acesso do veículo, conta com uma inclinação de 20% o que requer um comprimento de 12 m. A rampa de acesso ao pedestre (já acessível) com inclinação de 6% requer 40 m de comprimento. 
Para que uma pessoa possa sair  caminhando por esta rampa, é necessário que a abertura ao pavimento térreo se dê com pelo menos 31m de comprimento. 
Dessa forma, a abertura do acesso dessa rampa de pedestre foi colocada rente a parede da construção já existente para não prejudicar a implantação das habitações.




A implantação pensada, conta com pequenas áreas de convívio verde que atende a moradores de pequenas áreas da vila e também com uma praça central na qual acontece um pequeno playground, telefones e iluminação pública e é cortada por um acesso que liga um extremo ao outro da vila.

A paginação é de piso de concreto retangular que é bem indicado para uma melhor acessibilidade e por ser permeável. 








Em uma das extremidades do terreno, concentrei duas opções de comércio: uma farmácia e uma quitanda. Acredito que são serviços necessários para esse adensamento habitacional, uma vez que em um breve levantamento da região, percebe-se a precariedade desses. O bairro conta como, comércio local, com muitas lojas e serviços automobilísticos. Os módulos para comércio, têm medidas de 4,5m x 4,5m x 3,0m.






Vistas das habitações (tentativa de visualizar o programa e seus acessos):


Vista para Av. Afonso Pena


Opção 2 sobreposta a Opção 3.


Opção 1 sobreposta a Opção 3.


Pretendo agora trabalhar no detalhamento destas ideias parcialmente fechadas afim de fechar o projeto.

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